terça-feira, 11 de novembro de 2014

O futuro da educação face às tecnologias emergentes

Vamos pensar o futuro da educação, para isso precisamos de vistas largas.

Vamos projetar cenários, traçar caminhos.
“O tempo, como o mundo, tem dois hemisférios: um
superior e visível, que é o passado, outro inferior e
invisível, que é o futuro. No meio de um e outro
hemisfério ficam os horizontes do tempo, que são estes
instantes do presente que imos vivendo, onde o passado se
termina e o futuro começa” (Padre António Vieira,
História do Futuro, 1718)
 


Duas questões para começar a visionar a educação nos próximos 10 anos.
1- Como avalia a inserção de tecnologias digitais na educação?
2. Como deverão ser os conteúdos educacionais no futuro?

9 comentários:

  1. Quanto ao ponto 1 - acho mesmo essencial que se aprenda e ensine os nossos alunos e pares a tirar o máximo de proveito das novas tecnologias digitais na educação.
    Mas para isso temos de formar os professores, funcionários e alunos na sua correta utilização. Já estamos a anos luz de outros países, pois a tecnologia evoluiu muito rápido e se lavamos muito tempo a dar resposta às novidades corremos o sério risco de quando formos falar delas estas já estarem obsoletas!
    2 - Os conteúdos educacionais deverão cada vez mais ser no sentido de orientar os alunos para as matérias deixando-os, ou melhor ensinando-os a recolher toda a informação que se encontra na WEB e a filtrar qual a mais correta para os fins pretendidos... só assim estaremos a educar ...
    Não podemos forçar o conhecimento, devemos orientar o conhecimento, acima de tudo despertar a curiosidade, levar cada aluno a ir mais além sozinho. A questionar-se no dia a dia o que mais poderá descobrir ... o professor será cada vez mais um orientador e não um mero académico que repete ano atrás de ano a mesma matéria...

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  2. Não há volta a dar... As tecnologias, se fazem parte do nosso dia-a-dia, podem e devem ser utilizadas em ambiente escolar, especialmente em contexto de sala de aula onde podem, perfeitamente, servir de apoio inegável e até imprescindível na dualidade ensino/aprendizagem, no entanto existem muitas barreiras, e uma delas é a falta de formação como referiu o Lúcio... Sob pena de perdermos o "barco" da evolução...
    Quanto aos conteúdos educacionais, estou em perfeita sintonia com o que o Lúcio referiu, reforçando a ideia de que os alunos devem ser orientados e ajudados a selecionar e filtrar a infindável informação que pode ser colhida no universo que é atualmente a web....

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  3. Penso que o extrato da Revista EFT: http://eft.educom.pt 45 diz tudo.

    “É por esta razão que dois dos eixos estruturantes do PTE são os conteúdos e a formação, uma vez que se relacionam diretamente com o processo de integração das TIC no processo de aprendizagem.

    É no eixo estrutural dos conteúdos que o Ministério da Educação (ME) prevê a generalização do uso de LMS, e foi nesse sentido que, aliada à vontade de impulsionar a utilização das TIC nas escolas, o ME, por intermédio da Fundação para a Computação Científica Nacional (FCCN) e também do CRIE disponibilizou a todas as escolas um espaço para alojamento de uma instância Moodle em servidores da FCCN (2007). De facto, consideram os responsáveis políticos portugueses que os “conteúdos e as aplicações são essenciais para a alteração das práticas pedagógicas, ao favorecer o recurso a métodos de ensino mais interactivos e construtivistas, contribuindo para criar uma cultura de aprendizagem ao longo da vida” (PTE, 2007:6572)”.

    Sofia Sampaio

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  4. Esta semana, os resultados de um estudo realizado na Universidade Portucalense revelam que o portátil Magalhães foi um fracasso em atividades letivas no conselho de Matosinhos. Estes resultados são interessantes para podermos perspetivar futuros projetos relacionados com tecnologias móveis. Não é a tecnologia em si mas as estratégias educacionais que o professor projeta para os alunos. Temos que ser capazes de integrar a tecnologia no currículo e usá-la numa base diária, para que os alunos desenvolvam competências digitais e adquiram conhecimentos curriculares que o possam ajudar a enfrentar os desafios futuros. Qualquer medida de integração de tecnologias na educação tem de passar por um processo eficaz de formação contínua dos professores. Das leituras de outros estudos estrangeiros que tenho feito, os resultados apontam a falta de preparação dos professores para integrar tecnologias nas suas práticas como um dos aspetos de maior fragilidade..

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  5. A minha reflexão sobre o Horizon Report contempla esta temática. Poderão encontrá-la em: sergioprof.weebly.com, Módulo 1

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  6. Efetivamente não se pode dar nozes a quém não tem dentes. Não entendam como algo depreciativo, mas parece-me que é a constatação que temos de tirar destas noticias que todos os dias ouvimos.
    Na minha opinião, é inquestionável a importância das novas tecnologias no ensino, dado o seu potencial, a atenção que despertam nos alunos, a facilidade com que se acede à informação, etc. Mas essa tecnologia terá que ser encarada como uma ferramenta para nos ajudar a nós e aos alunos a atingir um fim. As estratégias têm que ser preparadas de modo a integrar adequadamente conhecimentos e ferramentas, ponderadamente.
    A formação dos docentes nesta área assume um papel importantíssimo que estará, porventura, a ser descurado. Foi na época do projeto e-escolas e desde aí pouco ou nada se fez para melhorar. Aliás, as nível da formação de professores regredimos significativamente, retirando o financiamento às ações de formação.
    Tal como o Padre António Vieira refere, temos que ter uma visão de futuro e por esse motivo, será necessário direcionar as ações de formação nesse sentido. Já estamos muito atrasados. Só nos resta... Correr contra o tempo.

    José Manuel Gonçalves

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    1. Os conteúdos terão que ser produzidos ou convertidos para os meios digitais. O professor curador será cada vez mais o "manual escolar da disciplina".

      José Gonçalves

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  7. Não há duvida que o envolvimento das novas tecnologias emergentes em contexto de sala de aula, tem-se vindo a revelar uma ferramenta fundamental na cativação dos nosso alunos e na motivação no campo da auto aprendizagem.
    Para um docente da área das TIC em que “BYOD ou Bring Your Own Device (Traga Seu
    Próprio Dispositivo) é uma constante, uma necessidade implícita a sua disciplina, esbarra com as dificuldades acrescidas na obtenção de equipamentos capazes (a exemplo do projeto Magalhães) e no défice das infraestruturas facultadas pelas entidades/instituições de ensino em que a velocidade é limitada, apesar da publicidade em que é vendido o oposto.
    A par com esta realidade, destaca-se a falta de preparação das Instituições, Pais e Educadores, no acompanhamento e observação de metodologias de segurança dos alunos no que concerne a conteúdos perigosos e de fácil acesso por parte dos mesmos, uma vez que esta e injetada gratuitamente e sem ser requisitada.
    “Há que formar para implementar com segurança”
    Quanto ao ensino e auto aprendizagem a distância, convém não esquecer que nem tudo que reluz é “ouro” e que a escola não é só um espaço de aquisição de conhecimentos mas sim de formação de pessoas para a sociedade envolvente.
    Mesmo aquele aluno com dificuldades acrescidas quando integrado em contexto de trabalho de grupo consegue evoluir ……

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  8. Penso que daqui a 10 anos a tecnologia vai ser uma realidade presente em todos os níveis de ensino principalmente os designados “BYOD ou Bring Your Own Device (traga seu próprio dispositivo) por serem dispositivos que os alunos estão diariamente em contacto. A possibilidade de estar a um click do conhecimento vai motivar os alunos na construção do seu saber.
    Os conteúdos educacionais no futuro deverão estar mais relacionados com a vida real. Os currículos serão mais orientados para o empreendedorismo para a inovação e negócios, promovendo mais pensamento crítico e resolução de problemas.

    Arminda Costa

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